terça-feira, 5 de agosto de 2008

Despertadores Seiko



Quem aprecia a arte de dormir sabe que as fotos acima mostram excelentes metodos para acordar mesmo!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

The Peanuts Collection

Tem uma coisa que eu adoro: bonequinhos, miniaturas...

No escritório em que trabalho tenho (em cima da mesa, em pateleiras, do lado do computador): toda a turma do Madagascar, Shrek e Burro, Mike e Sully (Monstros S/A, Po (Kung Fu Panda)... e a coleção sempre aumenta.

Agora to doido pra comprar essa turma aí de baixo... que eu adoro!!!

Direto da: The Lighter Side por $29,98

Na procura por miniaturas do Calvin & Haroldo...
.

Caneca On / Off

Nesse exato momento acabo de repetir um ritual diário: Cheiro de café fresquinho, café forte e com pouca açucar, copo médio com café até a metade, um bom gole... uma queimadura de terceiro grau na lingua!

O ritual é sempre segudo de um Puta merda levando a mão até a boca.

Depois disso eu deixo o copo de café descansando e (normalmente) quando vou tomar mais um pouco o café está gelado e horrivel.

Eu não sei porque eu gosto tanto de café? não consigo tirar dele o prazer que ele devia me dar...

Mas um dia eu compro uma caneca dessa... e vou saber o exato momento de provar o café!

Pra quem não entendeu eu explico: A caneca vázia está off... assim que se adiciona algum liquido quente ela muda a sua cor... depois, a medida que o café (ou qualquer liquido quente) esfria a caneca vai mudando sua cor novamente até ficar preta, mostrando que o liquido esfriou totalmente...

Eu achei demais, muito útil para evitar acidentes...

Terminei... agora é só postar e... lá vou eu pro meu café gelado... droga!

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Braun

Lançamento de um novo barbeador da Braun, o tema da campanha é algo do tipo "mostrando o humano por trás do homem"...
Iniciando uma nova série e postando, a partir de hoje, algumas campanhas bem sacadas.
.

Tira Gosto

Bichinhos de Jardim é uma criação de Clara Gomes.
Garfield é uma criação de Jim Davis.
Calvin & Haroldo é uma criação de Bill Waterson.
.

Antonio Prata

Hoje ouvi pela primeira vez (na coluna do Salomão Schvartzman na Bandnews) o texto Bar Ruim (postado logo abaixo), lembrei na hora dos jornalista que estudaram comigo, vários deles meio intelectuais, meio de esquerda... povo que adora dizer que frequenta tal lugar antes dele se tornar da moda ou que conheceu tal banda ou cantor antes do cara ser conhecido (e eles adoram dizer que o som do cara era muito melhor, que agora é muito comercial... sujeitinho vendido)

Nunca tinha lido nada do Antônio Prata... de cara achei que era algum escritor perdido da década de 70, quem sabe um tio, primo ou irmão do Mario Prata (esse sim conheço bem, um dos meus preferidos)... mas nada disso. O parentesco com Mario Prata até existe: filho! (Prata da casa num trocadilho péssimo e vergonhoso...rs)

Antônio Prata parece ser um cara legal e escritor de muito talento, humor, critica... paulistano nascido em 1977 tem os seguintes livros: "Cabras, Caderno de Viagem", com Paulo Werneck, Chico Matoso e Zé Vicente da Veiga, "Douglas e outras histórias", “As pernas da tia Corália” ,"Estive pensando" e "O inferno atrás da pia".

Já sei o que procurar na próxima visita a Saraiva.
.

Bar Ruim é lindo, bicho

Eu sou meio intelectual, meio de esquerda, por isso freqüento bares meio ruins. Não sei se você sabe, mas nós, meio intelectuais, meio de esquerda, nos julgamos a vanguarda do proletariado, há mais de 150 anos. (Deve ter alguma coisa de errado com uma vanguarda de mais de 150 anos, mas tudo bem). No bar ruim que ando freqüentando nas últimas semanas o proletariado é o Betão, garçom, que cumprimento com um tapinha nas costas acreditando resolver aí 500 anos de história. Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos ficar "amigos" do garçom, com quem falamos sobre futebol enquanto nossos amigos não chegam para falarmos de literatura. "Ô Betão, traz mais uma pra gente", eu digo, com os cotovelos apoiados na mesa bamba de lata, e me sinto parte do Brasil.

Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos fazer parte do Brasil, por isso vamos a bares ruins,que tem mais a cara do Brasil que os bares bons, onde se serve petit gateau e não tem frango à passarinho ou carne de sol com macaxeira que são os pratos tradicionais de nossa cozinha. Se bem que nós, meio intelectuais, quando convidamos uma moça para sair pela primeira vez, atacamos mais de petit gateau do que de frango à passarinho, porque a gente gosta do Brasil e tal, mas na hora do vamos ver uma europazinha bem que ajuda. A gente gosta do Brasil, mas muito bem diagramado. Não é qualquer Brasil. Assim como não é qualquer bar ruim. Tem que ser um bar ruim autêntico, um boteco, com mesa de lata, copo americano e, se tiver porção de carne de sol, a gente bate uma punheta ali mesmo.

Quando um de nós, meio intelectuais, meio de esquerda, descobre um novo bar ruim que nenhum outro meio intelectual, meio de esquerda freqüenta, não nos contemos: ligamos pra turma inteira de meio intelectuais, meio de esquerda e decretamos que aquele lá é o nosso novo bar ruim. Porque a gente acha que o bar ruim é autêntico e o bar bom não é, como eu já disse. O problema é que aos poucos o bar ruim vai se tornando cult, vai sendo freqüentado por vários meio intelectuais, meio de esquerda e universitáriasmais ou menos gostosas. Até que uma hora sai na Vejinha como ponto freqüentado por artistas, cineastas e universitários e nesse ponto a gente já se sente incomodado e quando chega no bar ruim e tá cheio de gente que não é nem meio intelectual, nem meio de esquerda e foi lá para ver se tem mesmo artistas, cineastas e universitários, a gente diz: eu gostava disso aqui antes, quando só vinha a minha turma de meio intelectuais, meio de esquerda, as universitárias mais ou menos gostosas e uns velhos bêbados que jogavam dominó. Porque nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos dizer que freqüentávamos o bar antes de ele ficar famoso, íamos a tal praia antes de ela encher de gente, ouvíamos a banda antes de tocar na MTV. Nós gostamos dos pobres que estavam na praia antes, uns pobres que sabem subir em coqueiro e usam sandália de couro, isso a gente acha lindo, mas a gente detesta os pobres que chegam depois, de Chevete e chinelo Rider. Esse pobre não, a gente gosta do pobre autêntico, do Brasil autêntico. E a gente abomina a Vejinha, abomina mesmo, acima de tudo.

Os donos dos bares ruins que a gente freqüenta se dividem em dois tipos: os que entendem a gente e os que não entendem. Os que entendem percebem qual é a nossa, mantém o bar autenticamente ruim, chamam uns primos do cunhado para tocar samba de roda toda sexta-feira, introduzem bolinho de bacalhau no cardápio e aumentam em 50% o preço de tudo. Eles sacam que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, somos meio bem de vida e nos dispomos a pagar caro por aquilo que tem cara de barato. Os donos que não entendem qual é a nossa, diante da invasão, trocam as mesas de lata por umas de fórmica imitando mármore, azulejam a parede e põem um som estéreo tocando reggae. Aí eles se fodem, porque a gente odeia isso, a gente gosta, como já dissealgumas vezes, é daquela coisa autêntica, tão brasileira, tão raiz.

Não pense que é fácil ser meio intelectual, meio de esquerda, no Brasil! Ainda mais poque a cada dia está mais difícil encontrar bares ruins do jeito que a gente gosta, os pobres estão todos de chinelo Rider e a Vejinha sempre alerta, pronta para encher nossos bares ruins de gente jovem e bonita e a difundir o petit gateau pelos quatro cantos do globo. Para desespero dos meio intelectuais, meio de esquerda, como eu que, por questões ideológicas, preferem frango a passarinho e carne de sol com macaxeira (que é a mesma coisa que mandioca mas é como se diz lá no nordeste e nós, meio intelectuais, meio de esquerda, achamos que o nordeste é muito mais autêntico que o sudeste e preferimos esse termo, macaxeira, que é mais assim Câmara Cascudo, saca?).

Texto de: Antônio Prata
.