quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Skull Rock Band

Isso sim é rock'n Roll!!!
Simplesmente demais essa banda formada por caveiras...

abaixo os artistas em maiores detalhes.
Cada caveira tem aproximadamente 20 cm e custa $24.98 (cada um lógico!)
Direto da Things You Never KnewExisted...

Obs: Dedicado as duas garotas mais Rock'n Rolll que conheço: Karinxs e Faia
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OXY

Depois de tentar espremer aquela espinha horrivel de qualquer maneira... use Oxy!
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Anéis dos heróis

Bacana essa coleção de anéis temáticos.
Anéis e pingentes baseados nos quadrinhos, cinema e games...

acima anéis do Lanterna Verde, Super Homem, Mortal Kombat e Capitão américa...

os preços variam de 14,00 € a 46,00 € ea coleção é grande
Direto de Acero y Magia
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domingo, 26 de outubro de 2008

6 anos

Quando fiz meus 6 anos fui mandado para uma escolinha. Lembro-me do primeiro dia de aula: Fui colocado em uma sala que deveria ter umas 40 crianças, eu era o único da sala que tinha lancheira, cabelo liso e caderno com capa colorida. Meu caderno era o único com desenho na capa, o do resto da turma era capa azul escura ou vermelha, e eu lá com o Pato Donald me desejando boa aula. As crianças olhavam pra mim com cara de ódio. Um garotinho de joelho esfolado e sem dente me falou algo que não me lembro o que foi só sei que me fez chorar pra caramba. Enquanto eu chorava o resto da turma ria e me tacava bolinha de papel. Tive que mudar de classe e de caderno. No outro dia eu não queria voltar pra escola de jeito nenhum, o que me convenceu a voltar foi a coisa cor de rosa que eu comi na hora do recreio. Até hoje tenho medo de saber o que era aquilo.

A vida era muito cruel no parquinho, eu era sempre o ultimo a poder brincar no balanço, e normalmente quando chegava a minha vez, a professora vinha buscar a turma para voltar para a sala de aula. E lá ia eu, cabisbaixo, imaginando como devia ser divertido me balançar, ir no gira-gira, escorregador. A única diversão que eu tinha era ficar sentado no tanque de areia fazendo castelinhos para as outras crianças pisarem. Já que eu não podia brincar, eu resolvi me dedicar aos estudos, e como é dura a vida no jardim da infância: desenhar círculos, pintá-los de cores diferentes, passar o lápis por cima de uma linha pontilhada... mas eu me dediquei, e em pouco tempo eu era o melhor da turma. Ninguém desenhava bolinhas como eu, e as cores que eu escolhia para pintá-las, incrível! Quanto mais eu me destacava nas atividades, mais eu conseguia afastar as outras crianças de mim, todos queria matar o gordinho desajeitado que era o queridinho da professora.

Meu primeiro amigo no jardim de infância foi uma garoto chamado Luciano, o Luciano era ruivo, dentuço e usava óculos fundo de garrafa, ele era o único cara que ria do que eu falava. Alem disso ele me dava metade do pão com presunto dele sem pedir nenhuma bolacha minha em troca, esse tipo de atitude me levou a promover logo o Luciano ao status de melhor amigo. Melhor e único até aquele momento.

Minha amizade com o Luciano era uma maravilha, nós ficávamos o recreio todo sentado em uma mureta vendo as crianças brincarem e torcendo para a Ana Maria vir falar com a gente. Ana Maria era a garotinha loira de cabelos encaracolados e sandália cor-de-rosa, era a flor mais bonita do jardim de infância, todo dia a Ana Maria brigava com um menino diferente que havia puxado o cabelo dela, o meu sonho e o do Luciano era um dia poder puxar o cabelo dela, interessante como os garotinhos de 6 anos demonstram que estão apaixonados por uma garota, com certeza uma herança que trazemos de nossos antepassados das cavernas.

Um dia a Ana Maria viu que eu e o Luciano estávamos comendo um biscoito recheado que havia acabado de ser lançado e veio pedir um para nós. A garota de nossos sonhos ali, na nossa frente, querendo o nosso biscoito... Luciano tomou o pacote de bolachas da minha mão e deu inteirinho pra Ana Maria, que sorrindo nos chamou de bobos, virou as costas e saiu andando. Foi quando Luciano viu ali a oportunidade de satisfazer seu fetiche. Com as duas mãos e com toda força que um garoto raquítico de 6 anos tem, ele grudou no cabelo dourado de Ana Maria e a levou até o chão, essa cena passa em slow motion até hoje em minha memória. Com Ana Maria no chão, as bolachinhas redondas rolando pelo pátio, os garotos da gangorra rindo da pobre loirinha, eu não tive outra escolha senão dar um tapa desajeitado na cabeça de Luciano, que fez seus óculos encontrarem o chão de areia. Ali nascia um mito, o do gordinho defensor das meninas, hoje passado alguns anos eu posso revelar que a minha raiva não foi pela estupidez de meu amigo ruivo, mas sim pelo fato dele ter dado minhas bolachas para uma garota, o pacote tava no começo, eu devia ter comido no máximo uns dois biscoitos.

No outro dia as meninas vinham todas conversar comigo, elas ficavam ao meu lado no intervalo, traziam lanches e Ana Maria virou minha melhor amiga e a minha primeira “namorada que não ficou sabendo que era minha namorada”.

Tudo ia muito bem, eu e Ana Maria, Ana Maria e eu. Desenhavamos juntos, brincavamos juntos, sentavamos juntos na sala de aula, pode-se dizer que eu era um garotinho feliz, a escola era feia, os meninos eram feios, até a professora era feia, mas tudo fica menos feio com uma loira do lado!
Ia se aproximando o mês de junho e a época de festas juninas. Foram separados os parzinhos para a dança de quadrilha e havia na sala um menino a mais do que menina, adivinha quem ficou sem par? Isso mesmo, eu!

Logo na minha primeira quadrilha eu não tinha par, e o pior: Ana Maria ia ser a noiva da quadrilha, adivinha com quem? Acertou de novo, o Luciano.
A professora resolveu logo o problema de eu não ter par nenhum para dançar, haveria uma encenação de casamento e eu faria um dos papeis principais, o padre!
No dia da apresentação lá estava eu, de padre, celebrando o casamento de meu ex-melhor amigo com o amor de minha vida. Durante a encenação uma lágrima correu por minha face, eu não podia acreditar em que meus olhos contemplavam. No final da encenação os casaizinhos foram sendo formados e todos saíram pra dançar, todos atrás de minha amada Ana Maria casada com meu ex-melhor amigo Luciano. Aquela quadrilha parecia ter sido escrita por Nelson Rodrigues!

sábado, 25 de outubro de 2008

Nazonex

Nariz entupido é horrivel né? ainda bem que tem Nazonex...rs
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Tira Gosto

Bichinhos de Jardim é uma criação de Clara Gomes.
Garfield é uma criação de Jim Davis.
Calvin & Haroldo é uma criação de Bill Waterson.
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Artur de Azevedo


Jornalista, dramaturgo e contista, nascido em São Luiz/MA em 1855. Irmão de Aluísio Azevedo (autor de livros como: "O Mulato" e "O Cortiço")

Enxergava o mundo com humor, sabia contar uma boa história como poucos. Trabalhava em um jornal do Maranhão e resolveu escrever alguns textos satirizando as pessoas de São Luiz... foi despedido. Foi pro Rio de Janeiro e passou a escrever peças de teatro, escreveu cerca de duzentas peças. Se tornou um dos maiores incentivadores do teatro brasileiro e o principal autor do Teatro de Revista.

O texto abaixo é um sonho que tenho, um daqueles que eu gostaria de ter escrito... uma crítica sutil e bem humorada à imprensa. Imagino esse texto adaptado para o teatro, seria uma bela peça!

A Polêmica

O Romualdo tinha perdido, havia já dois ou três meses, o seu lugar de redator numa folha diária; estava sem ganhar vintém, vivendo sabe Deus com que dificuldades, a maldizer o instante em que, levado por uma quimera da juventude, se lembrara de abraçar uma carreira tão incerta e precária como a do jornalismo.
Felizmente era solteiro, e o dono da "pensão" onde ele morava fornecia-lhe casa e comida a crédito, em atenção aos belos tempos em que nele tivera o mais pontual dos locatários.
Cansado de oferecer em pura perda os seus serviços literários a quanto jornal havia então no Rio de Janeiro, o Romualdo lembrou-se, um dia, de procurar ocupação no comércio, abandonando para sempre as suas veleidades de escritor público, os seus desejos de consideração e renome.
Para isso, foi ter com um negociante rico, por nome Caldas, que tinha sido seu condiscípulo no Colégio Vitório, a quem jamais ocupara, embora ele o tratasse com muita amizade e o tuteasse, quando raras vezes se encontravam na rua.
O negociante ouviu-o, e disse-lhe:
- Tratarei mais tarde de arranjar um emprego que te sirva; por enquanto preciso da tua pena. Sim, da tua pena. Apareceste ao pintar! Foste a sopa que me caiu no mel! Quando entraste por aquela porta, estava eu a matutar, sem saber a quem me dirigisse para prestar-me o serviço que te vou pedir. Confesso que não me tinha lembrado de ti... perdoa...
- Estou às tuas ordens.
- Preciso publicar amanhã, impreterivelmente, no Jornal do Comércio, um artigo contra o Saraiva.
- Que Saraiva?
- O da Rua Direita.
- O João Fernandes Saraiva?
- Esse mesmo.
- E queres tu que seja eu quem escreva esse artigo?
- Sim. Ganharás uns cobres que não te farão mal algum.
A essa palavra "cobres", o Romualdo teve um estremeção de alegria; mas caiu em si:
- Desculpa, Caldas; bem sabes que o Saraiva é, como tu, meu amigo... e como tu foi meu companheiro de colégio...
- Quando conheceres a questão que vai ser o assunto desse artigo, não te recusarás a escrevê-lo, porque não admito que sejas mais amigo dele do que meu. Demais, nota uma coisa: não quero insultá-lo, não quero dizer nada que o fira na sua honra, quero tratá-lo com luva de pelica. Sou eu o primeiro a lastimar que uma questão de dinheiro destruísse a nossa velha amizade. Escreves o artigo?
- Mas...
- Não há mas nem meio mas! O Saraiva nunca saberá que foi escrito por ti.
- Tenho escrúpulos...
- Deixa lá os teus escrúpulos, e ouve de que se trata. Presta-me toda a atenção.
E o Caldas expôs longamente ao Romualdo a queixa que tinha do Saraiva. Tratava-se de uma pequena questão comercial, de um capricho tolo que só poderia irritar um contra o outro, dois amigos que não conhecessem o que a vida tem de áspero e difícil O artigo seria um desabafo menos do brio que da vaidade, e, escrevendo-o, qualquer pena hábil poderia, efetivamente, evitar uma injúria grave.
O Romualdo, que há muito tempo não pegava numa nota de cinco mil-réis, e apanhara, na véspera, uma descompostura de lavadeira, cedeu, afinal, às tentadoras instâncias do amigo, e no próprio escritório deste redigiu o artigo, que satisfez plenamente.
- Muito bem! - exclamou o Caldas, depois de três leituras consecutivas.
- Se eu soubesse escrever, escreveria isto mesmo! Apanhaste perfeitamente a questão!
E, depois de um passeio à burra, meteu um envelope na mão de Romualdo, dizendo-lhe:
- Aparece-me daqui a dias: vou procurar o emprego que desejas. - A época é difícil, mas há de se arranjar.
O Romualdo saiu, e, ao dobrar a primeira esquina, abriu sofregamente o envelope: havia dentro uma nota de cem mil-réis! Exultou! Parecia-lhe ter tirado a sorte grande!
Na manhã seguinte, o ex-jornalista pediu ao dono da "pensão" que lhe emprestasse o Jornal do Comércio, e viu a sua prosa "Eu e o senhor João Fernandes Saraiva" assinada pelo Caldas; sentiu alguma coisa que se assemelhava ao remorso, o mal-estar que acomete o espírito e se reflete no corpo do homem todas as vezes que este pratica um ato inconfessável, e aquilo era uma quase traição. Entretanto almoçou com apetite.
À sobremesa entrou na sala de jantar um menino, que lhe trazia uma carta em cujo sobrescrito se lia a palavra "urgente".
Ele abriu-a e leu:
"Romualdo. - Preciso falar-lhe com a maior urgência. Peço-lhe que dê um pulo ao nosso escritório hoje mesmo, logo que possa. Recado do - João Fernandes Saraiva."
Este bilhete inquietou o ex-jornalista.
Com certeza, pensou ele, o Saraiva soube que fui eu o autor do artigo! Naturalmente alguém me viu entrar em casa do Caldas, demorar-me no escritório... desconfiou da coisa e foi dizer-lhe... Mas para que me chamará ele?
O seu desejo era não acudir ao chamado; alegar que estava doente, ou não alegar coisa alguma, e lá não ir; mas o menino de pé, junto à mesa do almoço, esperava a resposta... Era impossível fugir!
- Diga ao seu patrão que daqui a pouco lá estarei.
O menino foi-se.
O Romualdo acabou a sobremesa, tomou o café, saiu, e dirigiu-se ao escritório do Saraiva, receoso de que este o recebesse com duas pedras na mão.
Foi o contrário. O amigo recebeu-o de braços abertos, dizendo-lhe:
- Obrigado por teres vindo! Estava com medo de que o pequeno não te encontrasse! Vem cá!
E levou-o para um compartimento reservado.
- Leste o Jornal do Comércio de hoje?
- Não - mentiu prontamente o Romualdo. - Raramente leio o Jornal do Comércio.
- Aqui o tens; vê que descompostura me passou o Caldas!
O Romualdo fingiu que leu.
- Isso que aí está é uma borracheira, mas não é escrito por ele! - bradou o Saraiva. - Aquilo é uma besta que não sabe pegar na pena senão para assinar o nome!
- O artigo não está mau... Tem até estilo...
- Preciso responder!
- Eu, no teu caso, não respondia...
- Assim não penso. Preciso responder amanhã mesmo no próprio Jornal do Comércio e, se te chamei, foi para pedir-te que escrevas a resposta.
- Eu?...
- Tu, sim! Eu podia escrever mas... que queres?... Estou fora de mim!...
- Bem sabes - gaguejou o Romualdo - que sou amigo do Caldas. Não me fica bem...
- Não te fica bem, por quê? Ele com certeza não é mais teu amigo que eu! Depois, não é intenção minha injuriá-lo; quero apenas dar-lhe o troco!
No íntimo o Romualdo estava satisfeito por ver naquele segundo artigo um meio de atenuar, ou, se quiserem, de equilibrar o seu remorso.
Ainda mastigou umas escusas, mas o outro insistiu:
- Por amor de Deus não te recuses a este obséquio tão natural num homem que vive da pena! Tu estás desempregado, precisas ganhar alguma coisa...
O Romualdo cedeu a este último argumento, e, depois de convenientemente instruído pelo Saraiva sobre a resposta que devia dar, pegou na pena e escreveu ali mesmo o artigo.
Reproduziu-se então a cena da véspera, com mudança apenas de um personagem. O Saraiva, depois de ler e reler o artigo, exclamou: - Bravo! Não podia sair melhor! - e, tirando da algibeira um maço de dinheiro, escolheu uma nota de duzentos mil-réis e entregou-a ao prosador.
- Oh! Isto é muito, Saraiva!
- Qual muito! Estás a tocar leques por bandurra: é justo que te pague bem!
- Obrigado, mas olha: recomendo-te que mandes copiar o artigo, porque no jornal pode haver alguém que conheça a minha letra.
- Copiá-lo-ei eu mesmo.
- Adeus.
- Adeus. Se o Caldas treplicar, aparece-me!
- Está dito.
No dia seguinte, o Caldas entrou muito cedo no quarto do Romualdo, com o Jornal do Comércio na mão.
- O bruto replicou! Vais escrever-me a tréplica!
E batendo com as costas da mão no jornal:
- Isto não é dele... “Aquilo” é incapaz de traçar duas linhas sem quatro asneiras... mas ainda assim, quem escreveu por ele está longe de ter o teu estilo, a tua graça... Anda! Escreve!...
E o Romualdo escreveu... e escreveu..
Durante um mês teve ele a habilidade de alimentar a polêmica, provocando a réplica, para que não estancasse tão cedo a fonte de receita que encontrara. Para isso fazia insinuações vagas, mas pérfidas, e depois, em conversa ora com um ora com outro, era o primeiro a aconselhar a retaliação e o esforço.
Tanto o Caldas como o Saraiva se mostraram cada vez mais generosos, e o Romualdo nunca em dias de sua vida se viu com tanto dinheiro. Ambos os contendores lhe diziam: - Escreve! Escreve! Eu quero ser o último!
Por fim, vendo que a questão se eternizava, e de um momento para o outro a sua duplicidade podia ser descoberta, o Romualdo foi gradualmente adoçando o tom dos artigos, fazendo, por sua própria conta, concessões recíprocas, lembrando a velha amizade, e com tanto engenho se houve, que os dois contendores se reconciliaram, acabando amigos e arrependidos de terem dito um ao outro coisas desagradáveis em letra de forma.
E o público admirou essa polêmica, em que dois homens discutiam com estilos tão semelhantes que o próprio estilo pareceu harmonizá-los.
O Caldas cumpriu a sua promessa: o Romualdo pouco depois entrou para o comércio, onde ainda hoje se acha, completamente esquecido do tempo que perdeu no jornalismo.

Texto de: Artur de Azevedo

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Presépios do Peru


Muito legal essa coleção de presépios artesanais feitos no Peru.
A próxima vez que for no centro da cidade e encontrar um grupo Peruano tocando o tema de Titanic com suas irritantes flautinhas de bambu perguntarei se não podem fazer esse tipo de coisa pra vender...
Segundo li no Blog Bem Legaus! (vale a pena dar uma olhada lá... realmente é bem legaus) cada um desses presépios representa uma região do Peru, mostrando bem a vestimenta típica, os animais nativos...

Bacana, natalino, cultural... eu quero!
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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Em breve o Blog funcionará normalmente...

atualizações diárias... tenho muito material guardado, na fila , ansioso para ganhar um lugar no Blog... muito texto novo também... logo estou voltando a minhas atividades normais.

Pq da ausencia: muito trabalho... to com 4 jogos em fase de finalização, para uma grande industria de brinquedos... projetos que tem me tomado o tempo, mas que tá ficando lindo...um deles tá me deixando bem empolgado e vai ser uma volta a um passado recente... um passeio divertido no tempo... em breve to soltando mais dicas sobre esse trabalho que é sigilo absoluto...rs

Bom... nesse fim de semana devo atualizar alguma coisa por aqui... tirar a poeira das prateleiras e mostrar coisa nova.

até.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Interrompemos nossa programação para uma noticia extraordinária.

Se algum dia eu me tornar refém, por favor, não comuniquem a imprensa!

Está com certeza irá sobrevoar o local de meu cárcere ansiosa pelo momento derradeiro, o pico de audiência.

Se por acaso quiserem falar com meu algóz, proíbam de qualquer forma. Será para transformá-lo em uma “vitima do sistema”, um pobre infeliz que escolheu por caminhos incertos e agora se vê acuado, vitima das circunstâncias... blá blá blá...

Quanto a mim? Serei apenas um detalhe, um personagem menor e, para alegria dos urubus do microfone, morrerei de maneira trágica ao final de tudo.

O bandido será o privilegiado espectador deste Big Brother macabro, assistirá a cada ação policial, saberá o que pensam população, governantes... detalhes de sua mente doentia serão explicados por especialistas...

Pela TV, ao lado de meu sequestrador, eu vejo alguém falar que o meu destino deve ser a morte, uma série de reportagens antigas mostram isso com clareza... agora já sei que se não morrer na mão do bandido, serei morto por uma ação desastrosa da polícia.

Lá pelas tantas as TVs devem parar a sua programação de maneira brusca, o público prende a respiração... a voz radiante do repórter parece narrar uma final de campeonato.

Meu corpo não vai ser respeitado, alguém com uma curiosidade mórbida deve ter a necessidade de ver detalhadamente o buraco da bala na minha cabeça.

“Somente nós temos a imagem nítida do ferimento.” diz o ancora sensacionalista... me torno um troféu pendurado em sua parede.

Capas de jornais, revistas com a tiragem duplicada, blocos e mais blocos de um fantástico show da morte.

No meu tumulo, lágrimas se fundirão a alegria dos que conseguem uma exclusiva. Uma faixa numa coroa de flores deve agradecer pelos altos índices de audiência.

Isso tudo, e nada mais... continue agora com nossa programação normal.